Blog •  20/07/2023

Milho: estratégias de manejo para evitar a doença da espiga

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Milho: estratégias de manejo para evitar a doença da espiga

Proteja a sua safra de milho contra a doença da espiga! Saiba como manejar a podridão causada pelo fungo e garantir a qualidade dos grãos.

No Brasil, a cultura do milho desempenha uma grande importância econômica. Além disso, ela alcançou contornos de excelência na produção devido à amplitude e adaptação da cultura na região. Nós plantamos milho tanto na safra de verão quanto na segunda safra (safrinha), explorando-o na produção de grãos e silagem para alimentação animal.

Nos últimos anos, com a pesquisa de produção e melhoramento genético alcançando novos patamares de produtividade, um conjunto de doenças do milho que ataca as folhas e os grãos ficaram mais presentes no ambiente. Contudo, a doença da espiga do milho acomete diretamente os grãos, tornando-os inviáveis para o consumo in natura e na produção de ração animal. Isso acontece em virtude da  presença de micotoxinas e aflotoxinas nocivas a ruminantes e aves.

A doença geralmente é causada pelo fungo Stenocarpella macrospora (podridão de Diplodia), que está presente no ambiente. Assim, a taxa de progresso será maior em situações de alta umidade do solo, chuva no pendoamento e tempo nublado durante a fase reprodutiva da cultura.

Os sintomas se iniciam na base do colmo e evoluem rapidamente para as folhas e pedúnculo da espiga. Portanto, em situações de alta pressão, a espiga e os grãos se tornam totalmente inviáveis. A taxa de progresso da doença depende exclusivamente de condições climáticas e sensibilidade do híbrido plantado.

 

Fotos: Murillo Terra – Assistente técnico Agronomia Corteva Seeds – Brevant Sementes.

Este patógeno precisa de condições específicas, que são as melhores também para a produção de grãos, sendo elas a umidade e condições climáticas mais amenas durante o ciclo da cultura. O manejo não é simplista, pois não há defensivos específicos com registro para manejo da doença.

Outros importantes patógenos também estão presentes na espiga do milho e causam apodrecimento, inviabilizando os grãos: Pennicilium, Aspergillus e Fusarium. Entretanto, o Stenocarpella macrospora causa o maior dano.

  

Fotos: Laurício Moraes – Agronomia Corteva Seeds – Brevant Sementes.

Os danos nas folhas e espigas avançam à medida que as condições climáticas se tornam adequadas e a taxa de progresso se torna inevitável.

 

Fotos: Joyce Goulart – Agronomia Corteva Seeds – Brevant Sementes.

ESTRATÉGIAS DE MANEJO

O conjunto de estratégias com objetivo de controlar as principais doenças da cultura do milho passa pela escolha do híbrido a ser plantado – maior nota de tolerância ao patógeno, época de plantio e manejo fúngico do produtor. O uso de fungicidas para o manejo dos grãos ardidos cresce à medida que os patamares de produtividade se elevam. Conforme encontramos novos compradores, nossa exigência em relação à qualidade dos grãos aumentou gradualmente no mercado de exportação, pois os principais clientes são a China e a União Europeia.

O uso de fungicidas garante a manutenção do potencial produtivo construído durante todo o ciclo da cultura e não há regra temporal do aparecimento das principais doenças. Entretanto, conhecer o ambiente de produção já garante boa chance de redução de perdas decorrentes desses problemas. O fungo causador do apodrecimento da espiga é oportunista, necessitando apenas de boas condições para infeccionar e esporular, e a taxa de progresso depende da condição de umidade da planta.

O uso de fungicidas e associações com multissítios é uma prática recomendável para o manejo de todas as doenças da cultura do milho, em especial a podridão dos grãos ardidos, causadas por Diplodia (Stenocarpella macrospora).