Blog •  03/08/2023

Academia capacita lideranças femininas para o agronegócio

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Academia capacita lideranças femininas para o agronegócio

Iniciativa da Corteva Agriscience busca contribuir para aumentar a participação feminina em funções de liderança no agronegócio

Com a participação de 175 agricultoras e pecuaristas do Brasil e exterior, a Academia para as Mulheres do Agronegócio (ALMA) chega à 5ª edição com muitas novidades. A ALMA é uma iniciativa da Corteva Agriscience, em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e a FIA Business School, para fortalecer o desenvolvimento das lideranças das mulheres no agronegócio.

A iniciativa reflete o compromisso da Corteva Agriscience em ampliar a participação feminina em funções de liderança no agronegócio, estimulando a formação de futuras líderes do setor.

Desde 2018, quando a Academia foi criada, mais de 400 mulheres já participaram deste programa exclusivo, que aborda temas de interesse para mulheres que atuam no setor e atividades que contribuam para a formação de agricultoras e pecuaristas.

Na edição de 2023, a ALMA reúne pela primeira vez alunas calouras e veteranas, agricultoras e pecuaristas. São 125 novas mulheres iniciando na Academia, e mais 50 que já participaram de edições anteriores e agora voltam para um segundo módulo de educação continuada.

A 5ª edição da Academia iniciou em abril e segue até outubro. A aula inaugural foi marcada pela palestra da embaixadora e representante permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Carla Barroso Carneiro. A formatura e evento de encerramento acontecem nos dias 23 e 24 de outubro, em São Paulo.

Sustentabilidade no agronegócio

As aulas da Academia são quinzenais, on-line e ao vivo, ministradas por professores da FIA Business School. Para as calouras, o conteúdo está focado em inovação, liderança feminina, governança e gestão do agronegócio. 

A novidade na grade de aulas para as veteranas é o curso “ESG – Agro Sustentável”, com conteúdo voltado para a implantação do conceito ESG (ambiental, social e governança, em português). As alunas também recebem mentorias para desenvolver relatórios de sustentabilidade para as suas fazendas.

Segundo a professora de metodologia e Mentora dos Projetos de Engajamento da ALMA, Lizandra Ariane Machado de Castro, este conteúdo demonstra o quanto a Corteva, a FIA e a ABAG estão conectadas com as demandas vindas do agronegócio.

“Para esta edição, as alunas podem contar com um programa multidisciplinar preparado exclusivamente para o desenvolvimento de lideranças femininas no agro, além de professores, tutores e convidados qualificados e experientes que conhecem a realidade do agronegócio e os desafios enfrentados pelas mulheres que atuam neste setor”, destaca.

O cronograma inclui ainda duas master classes com renomados consultores sobre as perspectivas de mercado interno e externo e o cenário geopolítico global e econômico envolvendo o setor. Ao final do curso, as alunas apresentarão seus projetos em um evento presencial, em São Paulo.

“O diferencial de uma grade elaborada para as mulheres é que cada conteúdo é elaborado levando em consideração as necessidades e desafios das mulheres que se encontram no agronegócio. Há uma grande preocupação não somente com a qualidade do conteúdo, mas também em levar um conhecimento que seja aplicável e condizente com a realidade dessas mulheres”, afirma Lizandra. 

Educação continuada para mulheres

Para a professora, a cada ano a ALMA fortalece o sentido de educação continuada trazendo temáticas atuais e relevantes para o desenvolvimento das lideranças femininas do agro que desejam continuar aprimorando os seus conhecimentos. Ela lembra que a própria ALMA foi uma inovação criada com o propósito de incentivar o protagonismo feminino no agronegócio.

“Estamos sempre atentos às necessidades e peculiaridades dessas mulheres, pois é o que faz toda a diferença durante o planejamento e execução do programa. A partir daí, conseguimos trazer ou reajustar conteúdos com maior foco em determinados assuntos, ou até mesmo optamos por ações específicas que visem a participação feminina em diversas funções de liderança do agro.”

Imagem 1. Palestra e aula inaugural da edição 2023 da ALMA, realizada em abril.

O sucesso da iniciativa é comprovado pelas alunas que voltaram, nesta edição, para cursar o segundo módulo.  Segundo a professora, as veteranas gostaram da oportunidade de continuarem o seu desenvolvimento, aprofundando os seus conhecimentos em temáticas específicas voltadas para o agronegócio. “Além disso, a manutenção do networking e a ampliação dessa rede de contatos substancialmente feminina tem sido motivo de grande satisfação para as alunas”, completa. 

Novos aprendizados e novas experiências

Foi por meio do representante da Corteva Agriscience que atende a região Alto Paraná, no Paraguai, que a engenheira comercial Francieli Pigosso da Veiga ficou sabendo sobre a nova edição da Academia e decidiu participar do curso.

Pós-graduada em Marketing e cursando Gestão em Agronegócios, ela é responsável financeira e administrativa das fazendas da família. Ela acredita que os novos aprendizados irão ajudá-la a conduzir ainda com mais cautela a gestão das propriedades, voltadas à pecuária e à produção de soja e milho.

“A importância de uma academia para mulheres é mostrar que somos muito capazes de administrar e tomar frente de negócios que sempre foram considerados do mundo masculino. Minha expectativa é me aprofundar mais ainda em atualizações do mercado agrícola e conhecer novas experiências com as demais participantes”, afirma Francieli. 

Maior interação entre mulheres do agronegócio 

Formada em Administração e Direito, Ediana Edith Boeri é produtora de grãos na cidade de Balsas (MA), a cerca de 600 quilômetros da capital. Ela participou da primeira edição do curso e agora espera que o segundo módulo traga mais aprendizado, especialmente por se tratar de um tema mais direcionado. “Muitas vezes pensamos que é um ‘bicho de sete cabeças’, mas estamos vendo que o que já fazemos já é o ESG, só não usávamos algumas ferramentas para registro e controle”, pontua.

Para Ediana, o que mais chamou a sua atenção no curso foi a interação entre as participantes, nas mais diversas regiões do Brasil e da América do Sul. “Isso confirma que somos um país continental com distâncias geográficas, clima, solo e especificidades que nos mostram o quanto podemos aprender a respeitar essas diferenças, que podem nos gerar ainda mais conhecimento”, afirma.

A produtora lembra que as mulheres sempre participaram do processo produtivo de uma propriedade rural, algumas mais envolvidas que outras. “A Academia tem contribuído para que a mulher se valorize e se reconheça como parte importante e essencial na propriedade, e também, em especial, as novas gerações que estão chegando. Além de recomendar, eu incentivo que cada produtora rural participe efetivamente, porque são oportunidades como essas que nos fazem crescer não só profissionalmente, mas pessoalmente, além de conhecer outras produtoras e compartilhar experiências”, enfatiza.