Blog •  06/03/2023

Mulheres do agronegócio fazem história com dedicação e paixão

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Mulheres do agronegócio fazem história com dedicação e paixão.

Em celebração ao Dia da Mulher, apresentamos a história de quatro mulheres que escolheram o trabalho no campo para realização profissional

O talento feminino se destaca em todos os setores da sociedade, inclusive no agronegócio. Aliás, a participação da mulher no agro só tem aumentado nos últimos anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de estabelecimentos rurais geridos por mulheres aumentou 38% entre 1998 e 2020. Dados de 2021 da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) mostram que quase 60% das mulheres que atuam no setor são proprietárias ou sócias, 30,5% são da diretoria e atuam como coordenadoras, administradoras ou gerentes e 10,4% são colaboradoras e funcionárias. Elas também estão em sindicatos e associações rurais – 57% do total participam ativamente nessas entidades.

Os números comprovam a representatividade delas no agronegócio e reforçam que, mesmo com o aumento da participação feminina no mercado, ainda existe muito espaço para ser ocupado. Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, selecionamos quatro profissionais da área para falar sobre a paixão que as movem na rotina do campo.

Mulheres do agro: paixão

Julia Celestino Queluz, DSM da Brevant® Sementes.

“Ter paixão pelo agro é entender o valor que o campo tem na vida das pessoas”, diz Julia Celestino Queluz, DSM da Brevant® Sementes.

A engenheira agrônoma Julia Celestino Queluz, formada pela UNESP, jamais sonhou, quando criança, em escolher essa profissão. Na realidade, seu desejo era fazer pedagogia e trabalhar com crianças. Como a remuneração seria um obstáculo, decidiu fazer outra escolha, influenciada por amigos que já faziam faculdade e pela pressão dos pais para começar um curso superior. Já no primeiro ano, para sua surpresa, uma viagem técnica para Rio Verde, em Goiás, despertou a paixão pelo agronegócio, o campo e o leque de oportunidades da área. No último ano da graduação, conseguiu um estágio na Dow AgroSciences e foi efetivada. Após exercer diversas funções, trabalhar em diferentes regiões do Brasil e empresas, foi aprovada no processo seletivo da Brevant® Sementes, em 2022.

Julia conta que, no início de sua carreira, a quantidade de mulheres no campo era pequena e a liderança era 100% masculina. Agora, ela tem orgulho de vivenciar a crescente representatividade feminina no setor, seja na fazenda, na parte corporativa, nas funções operacionais ou nos cargos de liderança. “A mulher completa o time com sua atenção aos detalhes, organização e bom relacionamento. Hoje, tenho orgulho de contar a todos sobre a representatividade feminina no nosso time, e não apenas isso, em poder compartilhar o trabalho que estamos construindo em equipe, as entregas de um time tão plural, cada um com seu espaço conquistado por mérito”, afirma.

Questionada se tem paixão pelo que faz, ela responde em caixa alta: “MUITO!” Para Julia, “ter paixão pelo agro é entender o valor que o campo tem na vida das pessoas, é conviver com pessoas que dedicam a vida para produzir alimentos e derivados para quem não conhece, mesmo com tantos desafios. É vivenciar na prática o amor pelo que faz e buscar sempre excelência.”

Mulheres do agro: gratidão

Aline dos Santos, agrônoma e representante comercial da Brevant® Sementes.

“Foi aí que descobri minha paixão acompanhar cada passo das lavouras e o melhor momento, que é a colheita. A lavoura é uma indústria a céu aberto. É gratificante saber que todo o esforço valeu a pena”, disse Aline dos Santos, agrônoma e representante comercial da Brevant® Sementes.

A vontade de conquistar a independência foi o que motivou a jovem Aline dos Santos a escolher a agronomia. Ninguém da família é da área e seu primeiro contato foi ainda no colegial, quando fez um curso técnico agrícola. Durante a sua formação, foi para uma região distante, teve novas vivências e o melhor professor para garantir experiência na área – o campo. Com a “cara e a coragem” e a ajuda de algumas pessoas que acreditaram no seu potencial, Aline traçou o seu caminho.

Em 10 anos de formação, cada ano foi diferente, com novos desafios e aprendizados. Trabalhou com defensivos e depois foi para a área de sementes de milho. Há quatro anos na Brevant® Sementes, ela ressalta que a empresa deu a oportunidade que ela almejava e trabalhou para alcançar. “Sou muito grata por tudo o que aprendi nesse tempo. Por ser mulher, vejo que a diferença quando fazemos algo está no detalhe e no capricho. Porque hoje em dia, com a tecnologia avançada, não precisa ter força física para atuar na área”, conclui.

Mulheres do agro: força

Vivian Einsfeld, agrônoma de campo da Brevant® Sementes, no Rio Grande do Sul.

“A capacidade e a força feminina no campo e a oportunidade e o esforço da Corteva em trazer mulheres competentes para as equipes são as maiores provas de que, sim, nós mulheres somos capazes de ser o que quisermos e onde quisermos”, disse Vivian Einsfeld, agrônoma de campo da Brevant® Sementes, no Rio Grande do Sul.

A agrônoma Vivian Einsfeld lembra dos finais de semana da infância, nos quais visitava os tios e avós que viviam no campo e se dedicavam à atividade agrícola. O interesse pela área aumentou quando fez o ensino médio associado com um curso de técnico agrícola e depois decidiu se graduar em agronomia. “Foi a melhor decisão já tomada”, revela a profissional, mestranda em Engenharia Agrícola pela UFSM.

Com foco em trabalhar em uma multinacional, Vivian participou de atividades de ensino, pesquisa e extensão durante toda a graduação, fez estágios e um intercâmbio agrícola nos Estados Unidos. Depois de formada, foi assistente de desenvolvimento de mercado da biotecnologia Enlist, de propriedade da Corteva, e assistente de agronomia, cargo no qual encontrou sua paixão pela cultura do milho e da soja e pelo mercado de sementes. Após um ano se preparando, foi efetivada como agrônoma de campo. Há três nessa função, o último ano foi dedicado exclusivamente para a Brevant® Sementes no Rio Grande do Sul.  “Sou apaixonada pelo meu trabalho. Estar em uma empresa gigante do agro, trabalhando com pessoas altamente capacitadas e técnicas, focando em nosso cliente, faz com que eu tenha ainda mais estímulo e compromisso para estar no dia a dia do campo junto ao time comercial, levando as melhores soluções para nossos parceiros”, declara.

Para ela, o olhar mais minucioso e a sensibilidade são grandes vantagens para o time feminino. “Estamos sempre em busca de aprimoramento e de melhoria nas atividades em que estamos envolvidas e, na maioria das vezes, as resoluções estão nos detalhes”, observa. Hoje, ao olhar para o início de sua carreira, Vivian lembra que era a única mulher a fazer parte do time de sementes do estado gaúcho, contabilizando o time de agronomia e comercial, e atualmente a equipe é composta por várias mulheres. “A capacidade e a força feminina no campo e a oportunidade e o esforço da Corteva em trazer mulheres competentes para as equipes são as maiores provas de que, sim, nós mulheres somos capazes de ser o que quisermos e onde quisermos. Basta ter foco, ética, esforço, respeito e ir em busca de nossos sonhos”, finaliza.

Mulheres do agro: transformação

Tatiane Dalla Nora Montecelli, líder de Fitopatologia para a América Latina na Corteva Agriscience.

“É muito gratificante trabalhar na pesquisa, onde temos foco em desenvolver produtos e soluções inovadoras e sustentáveis que contribuem para o sucesso do agricultor”, declara Tatiane Dalla Nora Montecelli, líder de Fitopatologia para a América Latina na Corteva Agriscience.

A agrônoma Tatiane Dalla Nora Montecelli, mestre e doutora em Agronomia com ênfase em Fitopatologia pela UEL, conta que a paixão pelo campo sempre foi presente na sua vida. O apoio da família, que mesmo com raízes rurais tinha uma certa preocupação da agronomia não ser uma escolha tão comum para as mulheres, foi importante em sua trajetória, assim como era motivadora a ideia de contribuir e fazer parte de uma cadeia tão importante. “Sempre busquei inspiração em grandes exemplos que tive, tanto na família como em professores, amigos e profissionais que se destacavam por suas contribuições, e me encantava a forma como eram apaixonados pelo que faziam, tornando aquilo que parecia ser tão desafiador em algo tão gratificante”, declara.

Estágios na área de pesquisa em fitopatologia a ajudaram a encontrar seu caminho profissional. “A pesquisa é onde podemos, de fato, contribuir diretamente no desenvolvimento de soluções e produtos para melhorar a vida dos produtores e consumidores. É muito gratificante trabalhar na pesquisa, onde temos foco em desenvolver produtos e soluções inovadoras e sustentáveis que contribuem para o sucesso do agricultor. Quando iniciei, tudo era muito diferente e manual. Hoje, temos muitas ferramentas disponíveis, geramos muito mais dados, e com isso tivemos um progresso incrível na forma de trabalhar e de gerar nossos produtos. Poder vivenciar todas estas transformações tecnológicas e incorporar isso no nosso dia a dia é fantástico”, observa.

Tatiana afirma que é apaixonada pela sua profissão, se sente realizada e ainda mais feliz por conciliar o trabalho com o crescimento e acompanhamento da família. “Conseguir trabalhar com as coisas que amo, com pessoas e equipes que admiro, seguir aprendendo diariamente e também, de alguma forma, influenciar e apoiar o desenvolvimento de outras pessoas é maravilhoso”, acrescenta.