Manejo de adubação nitrogenada para híbridos de alto desempenho.
Entenda como a integração de tecnologias inovadoras ao suprimento tardio de nitrogênio ajuda a maximizar a produtividade na cultura do milho.
Entenda como a integração de tecnologias inovadoras ao suprimento tardio de nitrogênio ajuda a maximizar a produtividade na cultura do milho.
O avanço genético dos híbridos de milho elevou os patamares produtivos e, com isso, aumentou a demanda por estratégias nutricionais precisas, que acompanhem a expressão máxima do potencial genético. Entre os nutrientes essenciais, o nitrogênio (N) destaca-se pela influência direta sobre o crescimento vegetal, desenvolvimento reprodutivo e, principalmente, enchimento dos grãos. O manejo eficiente da adubação nitrogenada, especialmente em estádios tardios, tem se mostrado determinante para viabilizar altos rendimentos e qualidade do grão.
A fase de enchimento de grãos é marcada por intensa mobilização de reservas da planta e alta exigência de nitrogênio, que atua na síntese de proteínas, regulação metabólica e estruturação dos tecidos do grão. Estudos recentes apontam que a necessidade de N persiste até os estádios reprodutivos finais, sendo o fornecimento tardio desse nutriente crucial para evitar restrições no enchimento e garantir peso e qualidade superiores dos grãos (CIAMPITTI & VYN, 2012; DUARTE et al., 2019).
Além dos efeitos diretos do nitrogênio, nutrientes como potássio (K) e enxofre (S) desempenham funções complementares – o potássio está envolvido no transporte de açúcares e depósito de amido, enquanto o enxofre potencializa a eficiência do N e favorece a síntese proteica (BÜLL, 1993).
Os estudos destacados reforçam como o suprimento adequado de nitrogênio, especialmente nos estádios finais do ciclo, é indispensável para que híbridos de alto potencial expressem máxima produtividade e qualidade. Assim, compreender essa dinâmica permite decisões mais assertivas no manejo nutricional do milho e resultados superiores no campo.
O manejo tradicional, baseado apenas na correção do solo e fornecimento antecipado dos nutrientes, é insuficiente para híbridos de alto desempenho. A adoção de estratégias escalonadas, com fracionamento e sincronização do aporte de N ao longo dos estádios fenológicos, aumenta a eficiência de uso do nutriente e sustenta o potencial produtivo até o final do ciclo (FANCELLI & DOURADO NETO, 2000; DUARTE et al., 2019).
A distribuição do nitrogênio ao longo do ciclo da cultura é fundamental para evitar déficits nutricionais nos momentos críticos de enchimento dos grãos. A suplementação de N em estádios posteriores, como pós-polinização, tem sido associada a ganhos expressivos no peso de grãos e na produtividade final, especialmente em ambientes de alta performance e cultivos de híbridos modernos (CIAMPITTI & VYN, 2012).
No entanto, desafios como volatilização, lixiviação e limitações logísticas dificultam a eficiência do fornecimento tardio de N na forma convencional, exigindo soluções inovadoras que ampliem a janela de disponibilidade e minimizem perdas.
O Utrisha N emerge como alternativa tecnológica avançada ao manejo nitrogenado, sendo um produto biológico que atua no fornecimento sustentável de N para as culturas (CORTEVA AGRISCIENCE, 2022). Sua principal vantagem reside na capacidade de promover a captura de nitrogênio atmosférico pelas plantas, especialmente durante os estádios reprodutivos e de enchimento de grãos, quando as necessidades nutricionais são mais críticas.
Ao potencializar o suprimento de N de maneira contínua e eficiente, o Utrisha N permite maior estabilidade no enchimento dos grãos, reduzindo riscos de deficiência e promovendo ganhos expressivos em produtividade. Ensaios recentes realizados em ambientes de alta produtividade mostram que a aplicação de Utrisha N durante o período vegetativo (entre V4 e V8) pode resultar em acréscimos médios de 6% a 8% na produtividade e até 120 kg/ha no peso dos grãos, em comparação ao manejo convencional somente com fertilizantes minerais (CORTEVA AGRISCIENCE, 2022; DUARTE et al., 2019).
Além disso, o produto biológico contribui para a sustentabilidade do sistema produtivo, diminuindo perdas por volatilização e lixiviação e o impacto ambiental associado ao uso excessivo de fertilizantes químicos.
O manejo de adubação para híbridos de alto desempenho deve ser pautado em estratégias escalonadas que contemplem o suprimento gradual de nutrientes, especialmente nitrogênio, ao longo de todo o ciclo da cultura. A integração de tecnologias biológicas, como o Utrisha N, representa uma evolução significativa, possibilitando maior eficiência no aproveitamento do nitrogênio, o que permite suprir demandas desse nutriente nos estádios finais de enchimento de grãos e potencializar resultados. Tais práticas, fundamentadas nas referências científicas mais atuais, são essenciais para atender às demandas da agricultura moderna e garantir altos rendimentos com qualidade e sustentabilidade.