Blog •  07/05/2024

Escolha correta do milho híbrido é essencial para a qualidade da silagem

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Bezerros comendo silagem no celeiro

A escolha do híbrido certo, de acordo com as características da região, influencia na qualidade da silagem

A silagem de milho é considerada uma das principais fontes de forragem utilizadas na pecuária leiteira brasileira por suas diversas vantagens. Além de oferecer uma alta concentração de energia, a silagem com conservação adequada tem segurança alimentar elevada e é uma alternativa fundamental para os períodos de estiagem. Também é uma forma de o pecuarista proporcionar uma dieta que aumente o desempenho dos animais com melhor custo-benefício. 

Segundo Viviane Ruela, Agrônoma de Campo da Brevant® Sementes e doutoranda em Agricultura Sustentável, o rebanho de gado de corte no Brasil é de cerca de 200 milhões de cabeças, sendo que aproximadamente 6% é de bovinos criados em confinamento e utiliza a silagem como parte de sua dieta. Já o número de vacas leiteiras deve ter alcançado 17 milhões de cabeças em 2023, de acordo com o relatório do USDA - Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. “Quando falamos de gado leiteiro, temos perto de 35 bilhões de litros de leite sendo produzidos por ano e mais de 50% da alimentação dos animais confinados é composta por silagem. Na região que eu atuo, por exemplo, em Minas Gerais, a silagem vem crescendo tanto pelo aumento dos sistemas de confinamento quanto pela maior profissionalização do setor. Para os animais que ficam a pasto, geralmente, a silagem é ofertada no período da seca”, afirma.

E foi exatamente pela necessidade de armazenar alimento para os animais por longos períodos, especialmente durante épocas de estiagem, que a silagem surgiu. Sem a possibilidade de produzir bons volumes de alimentos quando a disponibilidade de água é menor, a silagem é a solução para complementar a alimentação do rebanho. Ruela ressalta, entretanto, que como é cada vez maior o número de animais sendo criados em sistema de confinamento, a silagem se tornou indispensável para a produção de leite, sendo que muitas vezes é a principal fonte da dieta ofertada. 

Questionada sobre qual a melhor silagem para o gado de leite, a Agrônoma de Campo explica que o milho e o sorgo são as culturas que se destacam por ter as características mais desejáveis para garantir uma boa qualidade do alimento – esses grãos proporcionam bom volume, boa quantidade de amido, boa digestibilidade, entre outros fatores. “A escolha do híbrido faz muita diferença na qualidade. Por isso, escolher um híbrido que seja indicado e adaptado para a sua região é essencial. Ele precisa entregar volume, qualidade e quantidade de amido, assim como boa digestibilidade de fibra”, aponta.

Você sabia?

A silagem de milho é a principal fonte de forragem para vacas leiteiras e recomendada por quase 80% dos nutricionistas brasileiros*. Além do custo mais baixo, a silagem de milho tem alta qualidade energética, otimizando o ganho de peso dos animais e a eficiência econômica da propriedade. Utilizada como solução para enfrentar a entressafra da pastagem, ajuda a evitar a degradação do pasto e é importante para evitar que os animais percam peso e atrasem seus ciclos reprodutivos, além de influenciar positivamente na produção de leite e desempenho do rebanho. 

*Fonte: 4º levantamento com nutricionistas de bovinos confinados no Brasil, estudo da Unesp realizado pela equipe do Zootecnista, Mestre e Doutor em Zootecnia Danilo Millen.

Milhos Híbridos para uma silagem de qualidade 

A Brevant® Sementes traz toda a qualidade e experiência da Corteva Agriscience e combina genética, inovação e tecnologia para oferecer o que há de melhor em variedades de híbridos e cultivares no mercado. Em seu portfólio, destacam-se opções ideais para a silagem de milho destinada ao gado leiteiro, seja de planta inteira, de espigas ou de grão úmido. Confira.

Silagem de planta inteira:

Milho B2782PWU e Milho B2620PWU – Dois materiais utilizados para silagem, ambos com boa qualidade bromatológica, bom desempenho em condições de estresse hídrico e boa tolerância ao complexo de enfezamento. Regiões Sul, Leste, Centro-Norte, Oeste e Nordeste.

Silagem de espigas ou de grão úmido:

Milho B2801PWU – Híbrido com alto teto produtivo, para áreas de alto investimento e indicado também para silagem de alto padrão. Regiões Sul, Leste e Nordeste.

Milho B2401PWU – Híbrido indicado para produção de grãos e silagem com boa qualidade bromatológica, com alto desempenho no sequeiro. Regiões Sul, Leste, Centro-Norte, Oeste e Nordeste.

Silagem: como obter sucesso em todas as etapas

O sucesso de qualquer lavoura começa na escolha do híbrido mais indicado para a região e a realidade de cada produtor. Com um plantio bem feito, boa palatabilidade, boa adubação e realização de manejo adequado para evitar e controlar pragas e doenças, o próximo passo é avaliar o ponto de corte. “O corte deve acontecer quando a matéria seca da planta estiver entre 32-38% e deve ser realizado de forma que o tamanho das partículas fique entre 1 e 2 centímetros para conseguir ter um equilíbrio na compactação e fermentação. Os grãos também devem ser bem processados para que o amido seja aproveitado da melhor forma possível”, orienta Ruela. 

O processo de enchimento do silo é outro ponto que merece atenção. É preciso que seja realizado o mais rápido possível, com camadas de até 15 centímetros bem compactadas, com implemento limpo, sem terra ou matéria orgânica da lavoura para evitar a contaminação do silo. Após o enchimento completo, o silo deve ser vedado adequadamente e a abertura só deve ocorrer após 60 dias, tempo mínimo para uma boa fermentação. “Depois de aberto, é essencial utilizar equipamentos que causem o mínimo possível de ruptura na face do silo. As camadas devem ser retiradas de maneira uniforme, com cerca de 30 a 40 centímetros ou 250 kg/m², respeitando o volume necessário para alimentar os animais da propriedade, o que já deve ter sido feito no dimensionamento da estrutura do silo”, conclui a Agrônoma. 

Fazenda tem produção de leite acima da média com uso da silagem

A Brevant® Sementes promove o programa Silagem 360º para conectar produtos e soluções aos melhores distribuidores, cooperativas, pesquisadores, consultores agrícolas e agricultores com o objetivo de fornecer silagem de qualidade para a alimentação animal.

Para contar as histórias de sucesso dos parceiros da marca, a Brevant® Sementes percorre o Brasil com o Circuito Silagem 360º. No sétimo episódio do programa, a Agrônoma Viviane Ruela foi a Minas Gerais, na região do Alto Paranaíba, para conversar com Makoto Sekita e Thiago Moreira, da Fazenda Querença, para saber como eles mantêm uma produção de leite acima da média, com cerca de 42 litros por vaca, e como a alimentação, o bem-estar animal e outras práticas contribuem para esse resultado. Assista ao episódio abaixo: